quarta-feira, 11 de julho de 2018

Ordens e contraordens sobre prisão de Lula mergulham Judiciário na polarização


Embate entre desembargador e juiz remete à divisão no Supremo
Por Edson Sardinha. congressoemfoco

A polarização política expressa nas urnas, nas ruas e nas redes sociais chegou de vez ao Judiciário. O vaivém judicial em torno da soltura ou não do ex-presidente Lula, que durou cerca de 10 horas nesse domingo (8), pôs em xeque a isenção do juiz Sérgio Moro e de seu novo antagonista, o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Os dois tiveram sua atuação questionada por especialistas e podem ter complicações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que analisa a conduta dos magistrados.

Em comum, a crítica de que extrapolaram suas competências e agiram de acordo com interesses políticos. Desde que centrou fogo em figuras importantes do Partido dos Trabalhadores, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro João Vaccari Neto e, principalmente, o ex-presidente Lula, Moro é tratado por petistas como inimigo, um magistrado a serviço do PSDB, cujo maior intuito é tirar o ex-presidente da disputa presidencial.

Essa crítica foi reforçada pelo PT nesse domingo, quando o juiz federal interrompeu suas férias, em Portugal, para se insurgir contra a decisão de Favreto de libertar Lula. Moro contestou a decisão do desembargador, que está acima dele na estrutura hierárquica do Judiciário, e acionou o também desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo que resultou na prisão de Lula, contra a ordem de soltura do ex-presidente.

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